Via Rápida


12º CONCUT: Dilma defende democracia e critica golpismo escancarado

14/10/2015

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite de terça-feira (13), ao lado da presidenta Dilma Rousseff da abertura do 12º Concut. O 12º Congresso da CUT tem como temas "educação, trabalho e cidadania — direto não se reduz, se amplia" e termina no sábado (17). 

E foi a presidenta quem tomou emprestado o lema do congresso para dar o tom dos discursos da noite. Pedindo licença aos autores do lema, ela arrematou: "Democracia não se reduz, se amplia".

Lula e Dilma dividiram o palco no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo, com o presidente da CUT, Wagner Freitas, o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad e representantes de entidades sindicais e movimentos sociais. 

Lula fez o discurso de encerramento da noite, mas dedicou boa parte de sua fala a destacar o forte discurso da presidenta Dilma Rousseff. "Hoje nós deixamos de ter apenas uma presidenta para ter uma líder política neste país". Lula disse que é preciso reconhecer que o país vive um momento de dificuldade, assim como grande parte do planeta, mas que chegou a hora de dedicar toda energia à retomada do crescimento. "Faz um ano que nós ganhamos as eleições e as pessoas não querem permitir que a Dilma trabalhe. Esse país não pode ficar falando em corte mais uma semana ou um mês. Esse país precisa falar de crescimento e emprego".

A fala do presidente da CUT, Vagner Freitas, também foi citada por Lula. "Este congresso é a afirmação da CUT como entidade representativa dos trabalhadores. Wagner mostrou que o trabalhador é consciente de que a CUT não pode ser correia de transmissão do PT ou de ninguém. Mas que tem lado e que é capaz não apenas de apontar os problemas, mas também de construir conjuntamente as soluções".

Lula recomendou que todas as entidades presentes divulgassem o discurso de Dilma. "Aos nossos adversários não interessa o Minha Casa Minha Vida, o Pronatec". Para Lula, é por isso que esses opositores hoje buscam maneiras de impedir a presidenta, mas "a Dilma não ganhou as eleições para ficar batendo boca com os perdedores".

A presidenta Dilma, por sua vez, fez um discurso muito duro contra o golpismo de uma oposição que ainda não aceitou a derrota nas urnas e trabalha contra o Brasil, a favor de si. A presidenta falou ainda sobre a crise econômica internacional e seu compromisso de, apesar das fortes reduções no orçamento, preservar os direitos e oportunidades já alcançadas. "Eu compartilho com vocês a preocupação de interromper, com urgência, o crescimento do desemprego. Em nosso governo, o indicador mais importante, aquele que perseguimos dia e noite, é a geração de empregos".

Prioridades do governo

Dilma defendeu as prioridades de seu governo em meio ao combate à crise. "Alguns dizem que não estamos fazendo nada, não é verdade. Mesmo nesse ano em que cortamos despesas e enfrentamos dificuldades, é importante falar aqui alguns números:

*Só em 2015 nós criamos 906 mil novas vagas para estudantes acessarem a universidade neste país.

*Mesmo nesse ano de dificuldades estamos criando 1,3 milhão de novas vagas no Pronatec

*Mantivemos a política de valorização do salário mínimo até 2019

*Até o final do ano de 2015 entregaremos 360 mil moradias, número maior do que foi entregue em qualquer ano antes de nossos governos.

*Nós chegamos a 18 mil médicos dos mais médicos atendendo 63 milhões de pessoas que não tinham atendimento adequado.

“Nós sabemos que existem dificuldades econômicas. É importante reconhecer isso para encontrar a solução adequada. Sabemos disso e faremos de tudo para que o país volte a crescer”.

Discurso contra o golpe

“O que antes era inconformismo, por terem perdido a eleição, agora transformou-se num claro desejo de retrocesso político. E isso tem nome. Isto é um golpismo escancarado. Eu tenho consciência de que esse processo não é somente contra mim. É contra um projeto que levou milhões de pessoas à classe média, que ampliou direitos e construiu um poderoso mercado interno. É contra um projeto de país que hoje pode se orgulhar de ter sua primeira geração de crianças que não conheceu o flagelo da fome". E resumiu: "Esse golpe representa um golpe contra o povo. Mas podem ter certeza: não vão conseguir".

O ex-presidente uruguaio Pepe Mujica começou sua fala explicando sua presença na abertura do Congresso da CUT. "Estou aqui não apenas em solidariedade aos trabalhadores da CUT e ao meu amigo Lula. Venho de um pequeno país, portanto ninguém pode me chamar de imperialista. Mas nós, latino-americanos, chegamos tarde à era industrial. Se não juntarmos forças, não seremos nada no mundo que está por vir." Mujica concentrou sua fala nos trabalhadores e na democracia. E disse, aos companheiros da CUT: "É preciso lutar para manter as conquistas de hoje não porque são suficientes, mas porque são necessárias para que novas conquistas sejam alcançadas". O ex-presidente uruguaio incentivou os trabalhadores brasileiros a seguirem na luta por mais justiça e mais democracia. "A longo prazo, a única luta que se perde é a que se abandona. Por isso, lutem pela democracia".

 

Instituto Lula com CUT




Sindiescrit

Sindicato dos Trabalhadores em Escritórios de Empresas de Transporte Rodoviário de Guarulhos, Mogi das Cruzes, Vale do Paraíba, Litoral Norte e região


SEDE - Av. Tiradentes - 518 - Sala 12 1° Andar - Centro - Guarulhos - Próximo ao Cartório de Registro Civil. Telefone: (11) 2475-2923
SUBSEDE: Av Cassiopeia 556 Sala 2 Jd Satelite - SJC/SP - Tel.: 12-3911-2860


CUT NACIONAL - 30 ANOS