Sindicato dos Trabalhadores em Escritórios de Empresas de Transporte Rodoviário de Guarulhos, Mogi das Cruzes, Vale do Paraíba, Litoral Norte e região
08/04/2022
São Paulo – Os indicadores de incidência e mortalidade pela covid-19 no Brasil continuaram em queda, entre 20 de março a 2 de abril. E pela primeira vez, desde maio de 2020, nenhum estado da federação superou a marca de 0,3 óbitos por 100 mil habitantes. É o que aponta o Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em boletim publicado nesta sexta-feira (8). De acordo com os pesquisadores, os dados permitem afirmar que a “terceira onda” da doença no Brasil, causada principalmente pela variante ômicron, está em “fase de extinção”.
Eles alertam, no entanto, que isso não significa o fim da pandemia. O surgimento de variantes mais letais ou que escapem da imunidade provocada pelas vacinas podem alterar esse cenário. Nesse sentido, para que os índices da pandemia sigam em queda é “fundamental” ampliar a cobertura vacinal no país, além de se manter os cuidados básicos necessários, como evitar aglomerações, usar máscaras e higienizar as mãos.
O documento aponta para o “rejuvenescimento” da pandemia no Brasil. A idade média das internações e óbitos caiu abaixo dos sessenta anos. Mais da metade dos óbitos, no entanto, foram registrados em pessoas com no mínimo 74 anos. Proporcionalmente, também aumentou o número de crianças internadas.
“Por esta razão, é necessário ter atenção especial ao estímulo para a vacinação entre os idosos, já que para eles está disponível a quarta dose da vacina, e as crianças de 5 a 11 anos, para as quais a cobertura vacinal ainda cresce de forma muito lenta”, diz o documento.
A tendência de queda da pandemia de covid-19 se reflete também nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Nas fases mais críticas da pandemia, 98% das internações por SRAG eram positivas para covid-19. Atualmente, são 50,7%.
Entre o fim de março e início de abril, a taxa de letalidade por Covid-19 ficou em cerca de 0,8%. Ao longo de 2021, essa taxa oscilou entre 2% e 3%, conforme o boletim. Chegaram a cair para 0,2% no início de 2022, mas, em março, passaram para 1%. “A redução desse indicador, observada durante a terceira onda epidêmica, é atribuída principalmente à vacinação de grande parte da população-alvo e à menor gravidade da infecção pela ômicron”.
Além disso, todos os estados e o Distrito Federal continuam com taxas de ocupação inferiores dos leitos de UTI para covid-19 inferiores a 60%, fora da zona de alerta. Na terceira semana de março, foi a primeira vez que isso ocorreu foi em 21 meses. No entanto, os pesquisadores alertam que a taxa de ocupação tal apropriado, já que o número total de leitos oscilou ao longo da pandemia. Um dos principais desafios, segundo eles, é aproveitar esse período de menor transmissão da covid-19 para atender às demandas represadas durante as fases de alta de casos.
Por outro lado, a Rede Genômica Fiocruz informou que a variante Ômicron substituiu completamente a delta no país. Ao mesmo tempo, observou-se uma tendência de aumento da subvariante BA.2 da ômicron, assim como ocorre nos Estados Unidos e em países da Europa. Em fevereiro, a BA.2 era responsável por 1,1% dos genomas. Em março, essa proporção subiu para 3,4%.
Até o momento, a rede da Fiocruz identificou apenas as linhagens BA.1 (19.555 genomas), BA.1.1 (4.290 genomas) e BA.2 (151 genomas). No entanto, nesta quinta-feira (7), o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso da subvariante recombinante XE, potencialmente mais transmissível. O Instituto Butantan sequenciou a amostra de um homem de 39 anos, que já se recuperou da doença.
O Brasil registrou hoje 149 mortes e 30.212 novos casos de covid-19, de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). O Rio Grande do Norte, no entanto, não divulgou os dados até o fechamento dessa matéria. Assim, a média diária de mortes calculada em sete dias ficou em 160, menor marca desde 17 de janeiro.
Por outro lado, a média de casos semanais, que ficou em 21.257, voltou a subir, após quatro dias consecutivos de redução. Em uma semana, esse índice registrou queda de 13,9%. Nos últimos 15 dias, a redução foi de 38%. Ao todo, desde o início da pandemia, o Brasil tem 661.122 óbitos e cerca de 30,1 milhões de casos de de covid-19 confirmados oficialmente.
Por Tiago Pereira, da RBA
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